sexta-feira, 2 de maio de 2014

Escaroupim

Feriado, primeiro dia de Maio.

Um dia de Sol como o de hoje pedia planos ao ar livre.

Tentativa número um: ir à Falcoaria Real em Salvaterra de Magos ver os voos rasantes e os truques desses animais espectaculares. É um programa gratuito e terá de ficar para outro dia, pois estava fechado.
FALCOARIA REAL


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A história da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos (edifício único na Península Ibérica) está intimamente ligada à história do Paço Real - Casa de Campo da Coroa - que transformou a nobro vila ribatejana de Salvaterra de Magos num importante centro da vida social e artística da corte portuguesa. É difícil precisar a data da construção do Palácio da Real Falcoaria, contudo vários autores apontam as primeiras décadas do Séc. XVIII, como a data da construção do Palácio. O período de maior ascensão da Falcoaria, dá-se em 1752 quando chegaram ao Palácio da Falcoaria Real, 10 falcoeiros holandeses de Valkenswaard, para ensinar esta arte.
Durante o séc. XVIII, ficaram famosas as pomposas caçadas que se realizaram em Salvaterra de Magos, contudo a partir do início do séc. XIX, esta actividade começa a perder o seu fulgor e entre lentamente em decadência.
São várias as razões apontadas para este declínio: as invasões francesas que obrigaram a que família real se fixasse no Brasil, a instabilidade política vivida nos anos 20 e 30, e a abolição das coutadas em 1821.
Após décadas de abandono, a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos foi recuperada pela Câmara Municipal e inaugurada em 19 de Setembro de 2009, tornando-se num dos principais elementos turísticos do concelho, estando dotada de uma Exposição Permanente de Aves, um Auditório e Pombal.


De seguida tentámos a Exposição itinerante Mário Viegas, também em Salvaterra de Magos. Embora não seja no exterior, o espaço envolvente é muito agradável, junto ao rio Tejo. Também não estava aberta, então passeámos, vimos os barcos e o Rio. 



CENTRO DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO CAIS DA VALA
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Em 2004, no Cais da Vala Real de Salvaterra de Magos, foi construído pela Câmara Municipal, o Centro de Interpretação e Educação Ambiental.
Este centro é composto pelo posto de Turismo de Salvaterra de Magos. Este espaço além de promover a divulgação do concelho e fornecer informações turísticas, e alberga ainda o “Museu do Rio”, que tem como objectivo a salvaguarda, valorização e divulgação do património Natural, dos vestígios arqueológicos e históricos, bem como dos testemunhos das comunidades ribeirinhas.


Os barcos típicos

O barco que faz a travessia/passeios nesta zona do Tejo da Promartur

A linda Igreja mesmo ao lado da doca.

As casas antigas dos pescadores. Lindas cores não acham?




PONTE DO CAIS DA VALA
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A ponte da Vala Real de Salvaterra de Magos, localiza-se na linha de água que vem do Paul de Magos, e que vai escoar ao rio Tejo.
Esta linha de água durante séculos, foi a principal via de comunicação de Salvaterra de Magos, o seu topónimo (Vala Real), deve-se às constantes deslocações da Família Real a Salvaterra de Magos, nestas viagens os bergantins reais aportavam ao Cais desta vala.
No imaginário popular, esta ponte é de origem romana, contudo este facto é completamente falso.
Em termos históricos, é difícil precisar a origem da ponte, contudo podemos inclinar o séc. XVII, como a data em que se edificou. As razões apontadas para este século, incide que no reinado de D. João IV, promoveram-se grandes obras no Paul de Magos em toda a sua extensão, e por consequência terá mandado construir a ponte.
No séc. XVIII, surgem referência às pontes na Vala Real, no Dicionário Geográfico de Portugal (1758),  “há no rio desta Terra duas pontes de cantaria: uma ao pé da Vila, e outra para a parte do Noroeste ao pé de um sítio a que chamam o Casal”. A ponte da Vala Real, é assim referenciada em termos geográficos, como a “ponte ao pé da Vila”
É um dos monumentos mais emblemáticos de Salvaterra de Magos, localizado junto de uma das principais vias de comunicação de Salvaterra de Magos: a Vala Real.

 ALDEIA de ESCAROUPIM
Ali próximo fomos então à pequena aldeia de Escaroupim, conhecida pelas suas casas de'avieiros' (pescadores nómadas originários de Vieira de Leiria). Do ponto de vista ornitológico, este local destaca-se pela existência de uma colónia de garças, situada num mouchão do Tejo.
Visita:O principal ponto de observação situa-se na margem do rio Tejo, junto ao embarcadouro. A partir daqui e possível, na Primavera, observar a colónia de garças - esta colónia situa-se no mouchão, a cerca de 200 metros da margem do rio.
Escaroupim é uma típica aldeia piscatória, formada em meados dos anos 30 por pescadores oriunda da Praia da Vieira (Marinha Grande), que sazonalmente vinham ao Tejo fazer as campanhas de pesca de inverno, sobretudo o sável, procurando no Tejo o sustento das suas numerosas famílias, num Tejo rico em pescado, regressando à Praia da Vieira no Verão. Muitos destes pescadores foram ficando pelas margens do Tejo, deixando de ir à sua Praia da Vieira, e assim formaram pequenas povoações piscatórias aos longo do rio. Nestas povoações as habitações são feitas em madeira, pintadas de cores vivas e assentes em estacaria, de modo a estarem protegidas das frequentes cheias do rio.
A peculariedade das duas casas é extensiva aos seus barcos de pescas, também em madeira e pintados de cores vivas.
A Câmara Municipal criou um museu - Casa Típica Avieira - cuja origem resulta das recolhas efectuadas pela autarquia junto da população local, com o intuito de preservar a memória colectiva destes pescadores que um dia deixaram Vieira de Leira e se fixaram nas margens do Rio Tejo.
Alves Redol definiu estes grupo de pescadores como "nómadas do rio", pois eles representam uma das mais interessantes migrações que Portugal assistiu, durante os meses do Inverno famílias de pescadores, deslocavam-se de Vieira de Leira para o Rio Tejo, para pescar o sável, no princípio do verão voltavam novamente à sua terra natal, para pescar no mar.
A Casa Típica Aviera é de pequenas dimensões, pintada com cores vivas, assente em pilares devido às cheias do Tejo, o acesso é feito por umas escadas, no interior destacam-se três espaços: a cozinha onde o elemento que mais se destaca é a lareira ladeada por tijolos e cheia com terra batida, a mesa das refeições e várias prateleiras completam esta divisão, a sala é a outra divisão onde estão dois baús para guardar roupa, neste espaço dois manequins envergam os trajes típicos dos avieiros, a última divisão são os dois quartos de pequenas dimensões com camas em ferro, por cima dos quartos uma última divisão que serve de sótão para guardarem os materiais relacionados com a pesca.
 

Mais umas casas giríssimas. Estas aproveitadas para lojas de artesanato onde se podem comprar coisas giras para graúdos e pequenos.


O restaurante é um must! E tem um baloiço ao lado.


Um tesouro!
O miúdo andou delirante, adorou ver os barcos, as casinhas, apanhar sol e flores, ver os cavalinhos e os pássaros! os baloiços proporcionaram momentos de diversão também, ainda que antigos dão sempre para o gasto. Tudo gratuito e muito divertido!

Conclusão: foi uma tentativa-erro muito bem sucedida!

A Mamã.

Fontes: Site da CM Salvaterra de Magos.

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